Nova história

Suspeita de envenenar enteados pode ter dado querosene a criança

Declaração foi do filho de Cíntia Mariano em depoimento na DP

Em depoimento, Cíntia acusou o próprio filho de envenenar Fernanda e Bruno
Em depoimento, Cíntia acusou o próprio filho de envenenar Fernanda e Bruno |  Foto: Reprodução
 

Cíntia Mariano, investigada por suspeita de envenenamento de dois enteados adolescentes no Rio, também é acusada de intoxicar outras três pessoas. Dentre as vítimas estariam um ex-namorado, um vizinho e uma criança de seis anos, meia-irmã de seu filho. 

A informação foi dada pelo filho de Cíntia durante depoimento na delegacia de Realengo (33ª DP), responsável por investigar o crime. Ele também informou que este o episódio aconteceu há 20 anos, quando a mulher tentou dar querosene para o seu meio-irmão, que tinha 6 anos na época.

Informação foi dada pelo filho de Cíntia durante depoimento na delegacia de Realengo (33ª DP), responsável por investigar o crime
  

O filho da mulher também contou à polícia que foi ela quem deu chumbinho a Fernanda Cabral, de 22 anos, que morreu após dois meses no hospital, e ao irmão mais novo da menina, que precisou ficar internado. As suspeitas sobre os crimes surgiram somente depois de Bruno apresentar sintomas semelhantes ao da irmã, depois de um almoço na casa da mulher. 

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Em depoimento, Cíntia chegou a acusar o próprio filho de envenenar Fernanda e Bruno. Depois da repercussão do caso, a filha de um ex-namorado da mulher pediu ao Ministério Público para investigar a morte de seu pai como suspeita. 

Exumação

O corpo de Fernanda Cabral, de 22 anos foi exumado no início da tarde desta quinta-feira (26), no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro Jardim Sulacap, Zona Oeste do Rio. Ossos, cabelos, entre outros materiais, foram recolhidos da sepultura. Tudo coletado foi levado para o IML do Centro do Rio.

No atestado de óbito consta que a morte de Fernanda ocorreu por conta de falência múltipla dos órgãos em decorrência de causas naturais. Sem indício de crime, o corpo dela não foi submetido à necropsia.

Muito provavelmente o médico não deve ter deslumbrado a hipótese de suspensão de intoxicação exógena, esse diagnóstico é mas fácil de ser feito por médicos do IML Flávio Rodrigues, delegado da 33ª DP
 

O delegado irá aguardar resultado do IML para saber se há indícios de chumbinho no corpo da vítima.

Madrasta

A madrasta Cíntia Dias Mariano Cabral está presa desde a última sexta-feira (20) no Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.  De acordo com o advogado Carlos Augusto Santos, a mulher informou que é inocente e em nenhum momento confirmou o envenenamento. 

Cíntia irá responder por homicídio qualificado e tentativa de homicídio porque ela também é suspeita de envenenar Bruno Cabral, irmão de Fernanda, em maio deste ano. De acordo com a Polícia Civil, o motivo do crime seria por ciúmes do atual companheiro com os filhos, que são frutos de outro casamento.

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